Cartas D´Évora: by Richard Mary Bay

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“(…) Ah, se tu pudesses ler estas palavras, se as pudesses tocar, sentir, aconchegar nas pupilas dos teus olhos, saber-me-ia cumprido!… Mas para nós já nem isso! Nada há! Somos dois tristes impossíveis, eleitos p’lo destino, marcados p’la poesia. Dois mártires dos versos. E quem poderá compadecer-se do nosso holocausto? Quem?! … Alguém?! … Ninguém!!!! (…) (…) Agora, são inúteis os desejos, as vontades e as amarguras que deponho nestas linhas. É tarde! Tão tarde... mas nunca é tarde, diz o povo. É mentira! Para nós são inúteis as palavras. É inútil todo o arrependimento que sinto. É inútil este amor que trago em mim e não soube expressar no tempo certo! Na hora exacta! São tristes as palavras, as palavras que nunca te direi, porque nunca as poderás nem quererás escutar, nem lidas nem faladas... (…)” Richard Mary Bay In Cartas d’Evora (Excertos)

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9789898983121

154

120x180

Tapa blanda con solapas

2024-05-27 09:02:45

Euedito

Portugués

Poesía (DC)

Ricardo Maria Silva Louro nasceu em 1985 em Évora. Natural de Monsaraz onde viveu nos primeiros tempos da sua vida e onde assentam as raízes das suas origens familiares ganhou um Amor e uma espécie de devoção a esses campos Alentejanos. Por lá passou uma infância diferente... Os Avós maternos foram o seu porto de abrigo ao iniciar esta imensa viagem sobre a terra. Manuel Francisco Louro um homem rígido mas coerente e integro com uma incomunicável ternura no olhar e Clarisse Ramalho dos Reis senhora de um imenso coração, católica/Cristã, dona de uma fé inabalável, sempre disponível para os outros, esposa, mãe, amiga e avó extremosa. Dois seres que o viriam a marcar para sempre. Desde cedo começou a escrever enveredando pelo mundo da Poesia. Aprendeu do avô o gosto pelo fado e da avó o amor à poesia e à religião. Na família conta nos costados com um extraordinário filósofo , teólogo, escritor e poeta, o Padre António do Carmo Martins, um verdadeiro humanista de quem diz ter lido os primeiros versos na infância mal aprendeu a ler. Primo da sua avó, já idoso, mantinha uma relação de amizade com a família. E os livros que publicava entravam constantemente naquela casa do Outeiro em Monsaraz. Não era rapaz de amizades. Ao contrário do que lhe conhecemos hoje era um jovem tímido, reservado e pouco extrovertido. Sentia-se, diz ele nos seus versos, inadaptado ao meio e o meio a ele. Um miúdo diferente. E tudo o que é diferente é apontado. Foram assim os primeiros anos do Ricardo. Sonhava muito. Talvez por ser poeta sem saber. Sentia-se mal. E por isso escrevia. Aos dez anos mudou -se para Évora. Local onde moravam os pais e o irmão. A mudança não foi fácil. Nunca quer falar disso. Diz que os poemas que escreveu contam tudo. Foi duro e difícil para si. Novo mundo. Outras gentes. Nova realidade. O tempo passou e o Ricardo fez o seu percurso escolar e académico. Estudou Secretariado, Animação Social, Turismo e Desenvolvimento e frequentou dois anos do curso de Teatro do Departamento de artes da Universidade de Évora. Conta hoje com uma síntese poética composta por diversas obras publicadas. Começou a publicar livros em Novembro de 2009 e nunca mais parou. Participou em programas de televisão, rádio, jornais, revistas, sites, YouTube ... Senhor de um imenso Coração, sempre se entregou e doou a nobres causas. Um Voluntário face às necessidades dos outros. Com um Espírito dinâmico e crente, acreditar em Deus sempre foi seu escudo, viver e passar uma mensagem Cristã seu objectivo. Costuma dizer que não basta acreditar em Deus é preciso viver única e exclusivamente para Deus! Identifica-se com a Monarquia. Tem D. Amélia de Orleães de Bragança como sua Rainha de eleição e reconhece D. Duarte e D. Isabel de Bragança como os digníssimos descendentes dos nossos antepassados gloriosos e Chefes da Casa Real Portuguesa. É membro/Cavaleiro da Real Guarda de honra da Casa Real Portuguesa, membro da Real Confraria de São Dom Nuno de Santa Maria Alvares Pereira, da Real Irmandade da Santa Cruz e Passos da Graça de Lisboa e da Irmandade do Senhor Jesus dos Passos de Évora. Devido ao grande amor que sempre teve e dedicou a Nossa Senhora foi um dos principais fundadores e mentores em Évora, na Igreja de Santo Antão, no ano de 2018, da Real Irmandade de Nossa Senhora da Saúde de Évora da qual se tornou o seu primeiro Juiz. Cruzou-se um dia com Maria Flávia de Monsaraz que o levou a encarar a vida e o mundo com outros olhos. Daí nasceu um Ricardo mais amplo, mais profundo, mais sincero. Encontrou a Alma e entregou-se ao coração. Mais tarde encontrou-se profundamente com o Fado na pessoa da grande fadista e amiga Celeste Rodrigues que lhe veio abrir outro caminho para si e dentro si. Às vezes vejo-lhe brilhar os olhos quando recorda as palavras da amiga Celeste Rodrigues: "Ricardo ... pão, azeitonas e os seus versos e estou satisfeita!" Por vezes vejo o quanto ainda lhe pesam as imensas saudades de Flávia de Monsaraz e Celeste Rodrigues. A poesia, o fado e a fé são os meios que utiliza para chegar ao coração de Deus e à Alma dos seus pares. De facto noto que em cada obra que publica um novo Ricardo se nos apresenta, comunica, revela ... Bem-haja querido Amigo.

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