MAR SEM NOME...
A tua essência, não se perdeu... Que bom que é para mim, escutar-te... Perceber nos teus lábios, as minhas pulsações... Naquilo que é lícito em ti, entender... Saber de cor a suavidade da tua pele... Sentir o teu cheiro; também ele sem nome...
Quero gastar-me contigo, até alcançar as nuvens... Dar braçadas, desfrutando os momentos por impulso... Colado a essa linha eterna, que define o horizonte... Perceber que caminhas descalço entre as rochas... Tu, transparente memória azul, sem letras... Pintura a óleo, que tens muito mais do que sal, nas tuas veias... Tu que cresces intenso, acostado ao premonitório... Esse amparo tão forrado de sinais... Como um grito de revolta por dizer...
Olho para ti... Qual poça de vento... Qual folha de água, que na minha imaginação flutua... Assomas-te maré cristalina... Quero-te mesmo sem precisar de ter sede... Preciso muito do teu sorriso, mesmo que esteja ausente...
Sobretudo, enquanto me sentir seguro de SENTIR!...
ISBN/13:
Num. Páginas:
Tamaño:
Encuadernación:
Año:
Editorial:
Idioma:
Temática:
9789897366802
92
150x220
Tapa blanda con solapas
2018-10-31 16:07:17
Edições Vieira da Silva
Portugués
Poesía (DC)
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Escrito na minha pele
A quem me julga sem base, sem conhecer as causas emergentes das minhas coisas:
\"Quando um dia, depois da rebentação, o Mar aportar à praia como um cerco, como uma cortina de sombras mortiça, que se estenderá para além dos limites daquilo que eu julgo ver, como uma teia de espuma imensa que na Alma se dilata e na própria areia, como um impulso se funde, aportar-se-á em mim esse inadiável instante, em que eu irei padecer, deixando o melhor de mim, por tanto sonhar...
Quero que saibam, que a partir de então, jamais o farei com a displicência dos moribundos ou resignados pela sorte furtiva, que já nasceu no meu íntimo, e em contraste com aquilo que no meu mais perfeito aforismo considero aleivosa e clamorosamente madrasta!...
Aquilo que me está prometido por direito próprio, apalavrado com o oculto destino, sempre será até para mim um mistério, do qual sempre colherei o viço; com que conto manter o meu rumo...
Sinto que irei estar, até onde o nada for possível de partilhar...
A reter: em altura alguma pude remediar ou fui sequer senhor das minhas próprias vontades...
Sorrir, foi para mim desde cedo uma ilusão, até que alguma coisa melhor que ontem, em boa hora surgisse e lhe desse algum sentido...
Apenas me resignei a crescer, assim como crescem da mesma forma os galhos nas árvores, mesmo sem a licença de Deus, a dizer aquilo que tinha preso na vontade, no tempo mais estéril que me foi concedido pelo ânimo heril de alguém, muito superior a mim, que da minha mão cedo se libertou e foi transformando as coisas, aquelas que me fazem pensar, que se colocaram, por culpa própria, bem acima da minha imaginação; tudo aquilo que da minha loucura, jamais se exporá tão à vontade, como se dilatam as preces, essas que são certas...
Apenas pretendo, enquanto a vida, representar para mim, mais que uma pretensa escolha, ter a veleidade de almejar ser tudo o mais que o tempo e essa mesma vida me permitirem; esse sentido de que um amanhã \"dos bons\" sempre virá depois; depois de toda a poeira que, à minha passagem, o meu rasto causar...
Bem ou mal as palavras que me acometo a deixar-vos não passarão apenas de uma pulsação expressa na minha vivência; na passagem de dizer; tudo aquilo que do meu interior transparece...
Amadurecerá no vosso entendimento, no silêncio breve de cada um de vós, que as minhas palavras irão ler, aquilo, o que de melhor de mim, vos poderei deixar, como se do meu próprio eco se tratasse...
Sim, serei humilde, talvez um dia valente, quem sabe, ao ponto de reconhecer em cada um de vós um sorriso que não seja incerto, um instante de eleição, aquela amarra que me prenderá ao que sempre me falta: esse abraço; o vosso; o meu tão almejado abrigo...\"
Bem hajam por me escutarem!...
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