O Cais da Rocha em Alcântara, parecia um cais diferente daquele que deixámos, dois anos antes. Muito mais alegre, com uma mole humana de braços no ar, acenando sem parar, à medida que o Barco se aproximava. Não voltaram ao cais, os familiares dos camaradas que lá perderam a vida, e também os familiares dos feridos evacuados para a Metrópole. E, isso, tornava, muito mais triste, a nossa chegada. O desespero, os gritos e o desânimo, de quantos há dois anos, se vieram despedir, contrastava agora com a alegria incontida, em cada abraço que se multiplicava, no cais da nossa saudade.
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