O Mar é uma outra coisa, não se vive nele com pressa nem se sobrevive a ele com medo. E ninguém sabe isso melhor que os Homens do Mar que navegam por águas tantas vezes revoltas sem saber se de lá saem incólumes ou se esses mesmos mares serão afinal a sua derradeira morada. A vida no Mar é hostil, dura e perigosa. Ainda assim estes bravos Homens quando obrigados a ficar em terra sentem-se como peixes fora de água. Aquela vida entranha-se pela sua pele e parece que deixam de saber viver quando não estão na faina. É vê-los fitando o Mar com olhares perdidos. E que coragem e que loucura é que leva um Homem a, perante um Mar revolto, se enfiar por ele adentro em embarcações que comparativamente à dimensão dos oceanos mais não parecem que diminutas cascas de nozes? O Arrais é uma história ficcionada mas ainda assim tão rente da realidade quotidiana destes Homens e com descrições contemplativas de beleza e harmonia que permitem encontrar Poesia onde antes, por mais insistentes olhares que deitássemos a essas vidas, víamos apenas aspereza e agruras. A escrita de Alves dos Santos neste O Arrais envolve o leitor, transportando-o para a vida das personagens, numa transparência íntima e em ambientes de céu e luz que se vão alterando passo a passo como se fosse o balanço do Mar. Este é um livro que é também, claramente, uma sentida homenagem do Autor a todos os Homens do Mar e em particular aos de Machico, a sua terra.
ISBN/13:
Num. Páginas:
Tamaño:
Encuadernación:
Año:
Editorial:
Idioma:
Temática:
9789897367793
100
150x220
Tapa blanda con solapas
2018-01-19 18:03:50
Edições Vieira da Silva
Portugués
Poesía de poetas individuales (DCF)
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Nascido a 4 de Fevereiro de 1978 na cidade sul-africana de Johannesburg, mas feito gente em Machico, terra onde os descobridores portugueses da bela ilha da Madeira primeiro firmaram pé, Alves dos Santos é um viajante da alma, um bravo explorador dos enredos humanos e ardente conquistador dos terrenos desconhecidos.
É um escritor que tanto na sua Poesia como na sua Prosa é capaz de irromper corajosamente pelo espírito humano adentro e arrancar dessas mais profundas entranhas as verdades escondidas, as dúvidas e os medos. Nas suas palavras encontramos a beleza de um âmago efervescente, uma mescla de ar puro com aromas vulcânicos que envolve o leitor e o transporta para a vida das personagens, numa transparência íntima e em ambientes de céu e luz que se vão alterando passo a passo, mas encontramos sobretudo um retrato de um homem que vive em conluio com a descoberta, com a verdade e acima de tudo com a vida.
Alves dos Santos tem participações em diversas Antologias Poéticas e tem dois livros de Poesia publicados a solo: Poemas de Amor e Outros Labirintos (2014) e Fragmentos do Quotidiano (2016).
Este é o seu primeiro livro em Prosa.
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