Os poemas de Eric são puro coração. Seu eu-lírico tenta dar conta do descomedimento correndo atrás das emoções que extrapolam os limites do próprio corpo, da própria linguagem. Em certo momento, o poeta pinta uma gama de personagens urbanas, com traços de controle exacerbado, e sugere ?perder-se?, já que esse processo ?também pode ser um caminho?. Ou lembra de ?papos bobos e non-sense? com um parceiro se perguntando o que aconteceu ?naquele segundo / que você sorriu e apertou minha mão?. E vaticina, depois de outro poema em que relembra encontros e desencontros com um amante de Guimarães Rosa e drinques tropicais: ?A saudade também tem prazo de validade?. São poemas românticos, mas sem uma doçura excessiva. São agridoces: descrições líricas e perspicazes de paixões, que podem ter durado uma eternidade, ou apenas um leve roçar de dedos.
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