EU E A LUA
Quando o Sol se põe e a madrugada invade os sentidos, eis que surge na minha janela a Lua. Eu e a Lua conversamos noite dentro sobre tudo e sobre nada. O seu brilho ilumina as palavras que escrevo. As suas fazes toldam-me o estado de espirito. O seu misticismo desafia-me os sentidos. A cumplicidade tornou-nos íntimas. Fielmente na hora marcada, abro a janela para que a musa me inspire. Depois de a contemplar por breves momentos, eis que brota de mim tudo o que a razão cala. A caneta ganha vida e o papel serve de leito final das conversas que tenho com a lua. Eu e a Lua e nada mais.
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