O Desprotegido

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A memória pode percorrer-se através das trilhas que se cruzaram em idades diferentes ou ensarilhadas nas memórias de outros. Ao “Desprotegido” poderia chamar-se “A Sedição de Joyce” os “Sons da Memória” ou “Abandono”, como o autor chegou a pensar. 

Na medida em que foi planeado com a intenção de dar o devido realce ao papel das crianças que povoaram o ruralismo alentejano, guardando os rebanhos, arroteando e plantando a terra e sofrendo na pele uma quase endémica violência familiar determinada a compasso da estrénua sobrevivência, deitaria por terra a intenção que lhe deu vida. Seria uma traição.

Mas não se fica por aqui. Abeltéria é um território da água, ajoujado por um passado multissecular onde todas as correntezas deixaram vestígios. E é nestes que o autor ancora os diferentes palcos onde se consumiram e se consomem, anonimamente, tantas outras vidas. 

Como escreveu alguém, já vai de mar a monte o debate sobre o Interior desertificado, sobre a violência, a saúde, o ensino, o assistencialismo, os direitos das mulheres e das crianças, mas há ainda muito por dizer. A divagação de Blimis, traz a terreiro um conjunto de situações onde as muitas personagens do passado e do presente se confrontaram com as suas insuficiências e as misérias de cada tempo.

Quatro amigos aproveitam o reencontro, em plena pandemia do SARS–coV-2, para porem de pé as inúmeras barreiras que lhes tolheram o caminho. Mas não só a eles: a todo um povo, que recusou e vai adiando a vivência plena da liberdade e a livre escolha. Em Abeltéria, ainda se consomem os dias na angústia latente de uma velha premonição. 

A linguagem, por vezes desconexa e ininteligível, reflecte o entrelaçado asfixiante em que se envolveram os espíritos abelterienses, confrontados com o ocaso de um lugar onde a vida refulgiu. Como paga pelos maus-tratos infligidos aos seus, os governantes têm sido enjeitados, ao longo dos séculos, pelas deusas da vingança. Nada ficou, nem ficará, de um diário de coisas grandiosas, se não mudarem os atores em cena. 

Abeltéria ou Elteri vingou no império, levada pelas mãos da água. Não tem sido cuidada de há uns tempos a esta parte, mercê de sucessivas administrações evolutivamente nepotistas. Já Cícero não o ignorava.

ISBN/13:

Num. Páginas:

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Encuadernación:

Año:

Editorial:

Idioma:

Temática:

9789895860937

278

160x235

Tapa blanda con solapas

2025-05-05 12:56:24

Mário Brito Publicações Unipessoal, Lda | 5livros

Portugués

Prosa: no ficción (DN)

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José Carita Monteiro, nasceu em Alter do Chão, Alentejo, em 1951. Seguiu o percurso normal dos jovens a quem os pais conseguiam “dar estudos”, até ao fim do curso dos Liceus em Portalegre. Sem notas para ingressar no Superior, acabou mobilizado para a Guiné.

A sua escrita, poesia e prosa, denunciou, desde 1975, as primeiras agressões ambientais e as que já se perfilavam contra as espécies animais perseguidas, algumas em vias de extinção, preocupação essa que se materializou em dois livros de poesia: “Os Sinos Roubados” e “A Sobreira de Luas”, este premiado com Menção Honrosa no Prémio de Poesia “Sebastião da Gama”, em Azeitão.

A prosa, mais precisamente o romance, tendo como pano de fundo um agravamento extremo das agressões ambientais e das consequentes alterações da fauna e da flora, surgiu a partir de 2017, culminando com a publicação de uma obra dividida em dois volumes: “Alter – Sortilégio e Estigma” , 2018 e “O Dom de Yogyakarta”, 2022.


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