Entre o rio e o seu bem-amado Alguns poetas brasileiros têm a capacidade extraordinária de conseguir regressar às coisas primeiras, como se, de facto, abrir uma janela e olhar o mundo pela vez primeira fosse possível. Olham com as palavras, é certo, mas, mesmo essas, parecem trazer-lhes (-nos) os primeiros sons. Cyro de Mattos é um desses poetas e não será certamente por mero acaso que, além de poeta e ficcionista, este seja também um autor de livros para crianças. Digamos que, tratando-se de escrever sobre um rio, este só poderia assim ser: um autor-menino, de olhos lavados e bem abertos. Quando, há 15 anos, me tentava debruçar sobre a sua escrita pela primeira vez, eu própria, como se poderá perceber das minhas palavras de então, estava numa fase, digamos, atónita: simultaneamente, perante a acima referida característica fundamental da obra deste autor; e perante a Bahia, de onde ele é oriundo, e que eu tinha visitado apenas em tempo recente. Infelizmente, com a idade vai-se perdendo a capacidade do espanto, mas, mesmo sofrendo pela perda do seu rio querido, Cyro de Mattos parece conhecer a fórmula para evitar essa terrível consequência do tempo. Aqui está ele, de novo, voltando a coisas primeiras com palavras primeiras.
Graça Capinha (do prefácio)
ISBN/13:
Num. Páginas:
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Encuadernación:
Año:
Editorial:
Idioma:
Temática:
9789897032561
58
148x210
Tapa blanda con solapas
2020-11-11 13:35:20
Terra Ocre, Lda / Palimage
Portugués
Poesía (DC)
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