Mas tenho ainda mais motivos, a saber, para invejar a arte poética de Gisela Sardinha: – O seu tratamento honesto e desassombrado da temática da paixão, do amor e do erotismo e a coragem de expôr as suas vivências nesse domínio (veja-se, por exemplo, os poemas “Paixão”, “Olhos nos Olhos” e “Cartas a N”) numa sociedade de matriz judaico-cristã, como a nossa, que continua ainda a ser muito de “vícios privados, públicas virtudes” e onde a sexualidade feminina e masculina ainda é demasiado vivida em “duplo padrão”; – O seu fino sentido de humor, sinal de muita inteligência, que permeia, por exemplo, poemas como “Ulisses a Penélope”, “Canção da Crise”, “Temporal”, “As Cores das Coisas”; – A sua grande ligação com a cultura da Antiguidade Clássica, abertamente expressa nos poemas “Lésbia a Catulo”, “Ulisses a Penélope”, “Aniversário” e na forma de versificação escolhida para vários outros; Como está explícito nos seus poemas, Gisela Sardinha nasceu numa ilha, rodeada pelo “Mar que é móvel e mais fixo do que a estrela polar”, gosta “de sol, de mar azul” e conhece bem o fogo da paixão: “Tu e eu. O que é que há mais no mundo?”. In Prefácio, Carlos Pina e Brito
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Num. Páginas:
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Temática:
9789895370429
50
135x210
Tapa blanda con solapas
2022-07-06 11:48:49
Heteronimus - Editora
Portugués
Poesía (DC)
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Nasceu no Funchal, ilha da Madeira, mas vive actualmente em Lisboa, com vista para o rio Formou-se em Medicina, exerce a especialidade de Cirurgia Plástica, mas tem mil e um interesses extra-profissionais, entre os quais a escrita, a pintura, a dança… e de uma forma geral, a pesquisa e a aprendizagem Filosoficamente considera-se perto do epicurismo É do signo de Escorpião, o que é sempre um cartão de visita engraçado