Registos do tempo que passa: (DESCORDOFONES, DESHARMONIAS(II) E DESMELODIAS [GUITARRA PORTUGUESA, FADO OU NÃO, VIOLINO 4/4, BANDOLIM, HARMÓNICAS DIATÓNICAS]

23.50€
O livro que agora se apresenta, de poemas sem metro e de partituras vem na sequência directa do livro [Des]harmonias apresentado também por conta de autor no final de 2020, também na 5Livros. É também um exercício sincero de comunicação e partilha no descobrir incessante de uma nova condição pessoal que me atinge e a seres muito próximos e muito presentes e contudo por ora ainda desconhecidos. Existe o entender doloroso que estas pessoas tão próximas e tão distantes são as que menos me traíram, aquelas que não me abandonaram e aquelas cuja vida foi posta em perigo pela loucura dos homens por minha causa. Embora sem culpa e sem obrigação, mas certamente com uma responsabilidade ética e a ética pessoal resultante do encontro recíproco feliz que prometia melhores dias e não foi pelos interessados traídos, mas por terceiros em intervenções múltiplas, multidireccionais, complexas e contraditórias, em sistema móvel de intervenções (para empregar velha linguagem jurídica) cada qual com rumo próprio, a fazer prevalecer sem conceder os objectivos da linha de intervenção sem curar a meios e sem ponderar consequências. Como prosseguir vivo nestas condições, a viagem ainda merece ser feita? Eventualmente se a ética e a responsabilidade ética puderem ser com algum grau de satisfação das vítimas interessadas, cumpridas. Haendel escrevia il trionfo del tempo i del desengano para assegurar que o passar do tempo fazia esquecer o sentimento e que o reencontro seria pobre porque o interesse já não teria condições para subsistir. Não creio, em debate de mais de 300 anos de distância. Num contexto particular de tão elevada tensão em que se verificou uma vontade colectiva em subjugar, dominar, vencer, submeter, impor, a condição de alegria e de esperança em que se encontrarem os vários interessados se este encontro vier a produzir-se significará il trionfo del tempo i della speranza. Enfim sobre a relação entre o doloroso perdão, o sarar as feridas e o optimismo, esta trilogia não corresponde a um hedonismo fácil. O optimismo, como o existencialismo, é um humanismo (Sartre), O optimismo, diversamente de simples e fácil hedonismo na moda, é um existencialismo, uma ética e um projecto concretizado em modo de viver quotidiano. Por isso não pode haver lugar ao suicídio nem à violência. Por isso, a cada vez que um homem cai, podendo, levanta-se e continua a andar (Madiba).

ISBN/13:

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Editorial:

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Temática:

9789897823084

632

160x235

Tapa blanda con solapas

2022-01-26 14:21:25

Mário Brito Publicações Unipessoal, Lda | 5livros

Portugués

Poesía (DC)

Paulo Miguel Gérault Marrecas Ferreira, nascido em Setúbal de mãe francesa e de pai português, em 1963. Na vida profissional, licenciado (1987) e mestre (doutor) em Direito (1998). Técnico superior na Procuradoria-geral da República. Este é o meu segundo livro de poemas sem metro e de partituras, a seguir ao Desharmonias, publicado por conta de autor (como este volume) no fim do ano de 2020. Já tinha publicado, em jeito de catarse, o livro romanceado “L’Amour aveugle ou les grandes heures d’Arcachouvas sous le règne du Marquis de Grimolas”, em 2004, junto de Bénévent, França. A vida encontrou-se comigo no exercício do encontro sentimental em relação à catarse feita. O encontro possível não veio a acontecer, impedido que foi, tendo eventualmente gerado danos pessoais. O que não se fez em primeira oportunidade, talvez virá a ser possível, de modo diferente, eventualmente mais feliz, apesar dos custos pessoais que foram entretanto impostos a uma mulher frágil. Nestas condições pode dizer-se que há esperança mas seria loucura dizer que tudo está bem agora, como nunca esteve. Como diz o Papa Francisco é eventualmente na sobrevida após a desgraça que se assume a possibilidade de viver a verdadeira vida. A que preço? Não quero ser amargo nem pessimista, é tempo de reparar, de sarar, de curar, de cicatrizar, de, assumindo a dor, saber perdoar e pedir perdão. Pela mesma razão chegou a hora de exigir a paz. No tocante à música procuro evoluir, assumindo o meu vínculo ao Grande Bach, muito mais do que um “elementar matemático sem poesia nem arte” em visão redutora marcada por um preconceito de alguém que vê um autor de cima da sua presunção. Há aqui também uma busca assumida da dimensão vocal da música, uma vez que a voz sempre exerceu sobre mim um enorme fascínio, que deixo aqui expresso no plano instrumental. Se alguém quiser, como no Fado empregar as partituras para acompanhar cantos outros que os poemas (ou os próprios poemas deste livrinho) pode, ficando com o encargo de descobrir a sua própria melodia improvisada com base no conjunto instrumental, dando eventualmente origem a nova melodia. Oxalá. Como sempre, o meu agradecimento aos meus mestres de música, o saudoso João Torre do Vale, Rui David Gonçalves, recentemente no violino jazz à distância, Eva Slongo, e naturalmente o meu muito caro Arménio de Melo, das mãos de oiro da Guitarra portuguesa.

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